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O Maior Clube do Mundo

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Processo E-Toupeira

06.03.18, João Silva

 

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Paulo Gonçalves, diretor do departamento jurídico do Benfica, foi detido pela Polícia Judiciária sob suspeita de ter subornado três funcionários judiciais para lhe fornecerem peças processuais do chamado "caso dos mails" - em que o Benfica e os seus dirigentes são investigados, no DIAP de Lisboa, por corrupção desportiva, num alegado esquema com árbitros e observadores dos mesmos.

A detenção de Paulo Gonçalves por suspeitas de corrupção e as buscas ao Estádio da Luz feitas pela Polícia Judiciária, esta terça-feira, colocam o Benfica novamente a contas com a justiça, agora no âmbito da denominada operação "e-toupeira".

Trata-se da terceira investigação a envolver o Benfica ou elementos ligados ao clube num curto espaço de tempo, depois da abertura, pelo Ministério Público, dos processos "Operação Lex" e ainda o relacionado com o "caso dos emails" (a que se juntou posteriormente o caso dos vouchers, numa investigação única).

Segundo a comunicação social, as contrapartidas oferecidas por Paulo Gonçalves aos oficiais de justiça, que alegadamente lhe terão dado informações sobre o caso dos e-mails, passavam por convites VIP para assistrem a jogos do Benfica, na Luz e fora de casa, bem como a oferta de produtos de merchandising, como camisolas da equipa principal.

Nesta altura, há quatro arguidos: Paulo Gonçalves, José Silva (técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça) - ambos detidos -, Júlio Loureiro (funcionário judicial no Tribunal de Fafe) e Óscar Cruz (empresário de futebol). 

Paulo Gonçalves passará a noite nos calabouços da PJ e amanhã será ouvido no Tribunal de Instrução Criminal.