Pizzi carrega o Benfica às costas
Suplente utilizado no desafio com o Ajax, Rui Vitória promoveu o regresso de Pizzi ao onze no embate com o Tondela e o camisola 21 justificou a opção tomada pelo treinador do vice-campeão nacional. Num meio-campo a três com Fejsa e Gabriel por perto, Pizzi deu profundidade ao ataque encarnado e, apesar de não ter marcado, somou mais uma assistência.
Com o passe para o terceiro golo, apontado por Rafa, Pizzi fez a sétima assistência na presente temporada, algo sem precedentes, em comparação com períodos homólogos desde 2014/15, quando trocou o Atlético de Madrid pelas águias. Aos passes mortíferos, nesta altura da época, Pizzi junta seis tiros certeiros, o que equivale a 37,1 por cento da produção ofensiva do emblema da Luz, que totaliza 35 golos apontados em 20 desafios oficiais.
Numa análise às temporadas anteriores, em 2015/16, o internacional português ainda não tinha qualquer golo ou assistência em igual período e ainda com Jorge Jesus ao leme, o jogador transmontano limitou-se a uma percentagem residual no que respeita ao contributo efetivo no ataque: 2,7 por cento, fruto de uma única assistência para golo. O registo que mais se aproxima do atual aconteceu na segunda época de Rui Vitória aos comandos. Nos primeiros 20 jogos, Pizzi fez cinco assistências e atirou para o fundo das balizas contrárias também por cinco vezes, o que resulta num rácio de 21,3 por cento de participação nos golos encarnados.
Melhor marcador do Benfica, em igualdade com Rafa, Pizzi registou elevados índices de êxito no capítulo do passe. Em 52 tentativas, o camisola 21 fez 39 passes corretos (75 por cento), errando somente um dos três passes longos efetuados com o Tondela. Segundo dados da plataforma Wyscout, no processo ofensivo, Pizzi levou a melhor em cinco dos seis duelos disputados, sendo bem-sucedido em 75 por cento dos dribles efetuados (três em quatro). Polivalente, o jogador de 29 anos que derivou do corredor central para o flanco direito com a saída de Cervi lidera o ranking dos passes em profundidade na liga (24), como passes para o último terço (100), dividindo o primeiro lugar das assistências com Otávio e Pedro Nuno (4).
Além do contributo na frente, o jogador que agora está ao serviço da seleção evidenciou igualmente taxas de sucesso no plano defensivo. O médio recuperou cinco bolas no meio-campo do Tondela e apenas por três vezes perdeu o esférico no meio-campo encarnado. Nesta fase, Pizzi está a quatro assistências de igualar o melhor desempenho de águia ao peito (11 em 2017/18) e, no que toca a golos, o internacional luso persegue a marca de 13 tentos em 2016/17.
Dados: Jornal "O Jogo"