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O Maior Clube do Mundo

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Liga NOS: FC Porto 1-2 SL Benfica

03.03.19, João Silva

A equipa de Bruno Lage não se atemorizou na deslocação ao dragão e fintou o medo cénico que atormentou tantos Benficas de outrora.

Reviravolta no marcador e ultrapassagem na tabela classificativa. Um 2-1 em casa do campeão nacional, que chegava ao duelo com um ponto de vantagem e sai dele dois pontos atrás. Para Bruno Lage, era difícil aspirar a melhor.

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Sérgio Conceição arriscou na véspera adivinhar o onze do Benfica e acertou em cheio. Para lá disso, o técnico portista fez regressar Marega, recuperado de lesão, e surpreendeu ao lançar de início Adrián no lugar de Tiquinho Soares e Manafá, quando se esperava o regresso de Éder Militão.

Lage apresentou a equipa esperada, com seis portugueses – metade deles made in Seixal  –, e surgiu no Dragão disposto a repartir o domínio com o FC Porto.

Entraram forte os dragões: pressão alta, privilégio do flanco esquerdo para atacar, com Brahimi a combinar bem com Telles ou a tentar resolver sozinho. Foi assim que sacou a Rúben Dias o único amarelo da primeira parte e conquistou o livre à entrada da área que valeu o golo a Adrián. Depois de bater contra a barreira, o espanhol aproveitou a recarga para rematar cruzado para surpreender Vlachodimos.

Se há coisa que torna distinto este Benfica é a segurança e velocidade com que troca a bola ao primeiro toque; ou com que varia o jogo de flanco em dois ou três toques.

A perder, o Benfica estendeu-se mais no relvado. Pressionou e colheu os frutos de um aparentemente inexplicável descontrolo emocional do FC Porto. Foram dez minutos de domínio claro imposto pelo conjunto do clube da Luz, com o empate a surgir aos 26’.

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Se é verdade que Adrián falhou a receção, Manafá falhou a disputa de bola e Pepe falhou o corte, há sobretudo muito mérito dos jogadores do Benfica no golo. A recuperação de bola de Gabriel, o cruzamento de Seferovic e a classe com que João Félix domina e não treme na cara de um guarda-redes histórico, com quase o dobro da sua idade.

As melhores faces da equipa de Sérgio Conceição eram Brahimi e Óliver. Do lado do Benfica, Pizzi mostrava-se decisivo: um dínamo nas transições rápidas. Numa delas, aos 45’, colocou Seferovic na cara de Casillas, que defendeu a punhos.

Ameaçava o Benfica ainda antes do intervalo o que haveria de consumar logo a abrir a segunda parte: combinação à entrada da área entre Pizzi e Rafa, que disparou rasteiro e colocado para a reviravolta no marcador.

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Aos 52 minutos estava dada a cambalhota no marcador, mas havia quase meio clássico por jogar. E, aí, houve mais FC Porto. Em particular desde a expulsão de Gabriel, por atirar-se a Otávio depois de o derrubar.

Com os dragões atrás do prejuízo, Conceição tirou Óliver para meter Danilo próximo de Felipe e Pepe e fez subir os laterais como se fossem alas.

Conceição arriscou, Lage, com menos um, ajustou.

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O terinador do Benfica fez o que lhe competia. O FC Porto foi farejando o golo do empate, sem nunca lhe poder tocar.

A dez jornadas do fim do campeonato, o Benfica ultrapassa o rival e campeão nacional, com mais dois pontos e vantagem no confronto direto.

Faltam 30 pontos, é certo, mas este Benfica de Lage sai reforçado do clássico ao ter ultrapassado a maior prova de fogo que teve até ao momento. Em nove jornadas com Bruno Lage no comando técnico, o Benfica recuperou nove pontos, a ponto de destronar da liderança um FC Porto que comandava desde a 8.ª jornada.