A Galeria dos 32
O Benfica de Jorge Jesus entra numa galeria de ilustres.
Uma montra de 32 campeões que se estende desde a época de 1935/36 até hoje, passando por personagens e momentos que fazem parte do próprio tecido do desporto português e até da história do país, não fosse o futebol um fenómeno sociológico de tão grande alcance.
Mas, mesmo no plano estritamente futebolístico, o percurso das várias gerações de campeões encarnados tem pontos altos. É impossível não falar no Benfica europeu; a equipa de de José Águas, Simões, José Augusto, Coluna, Torres e um certo...Eusébio.
Mas existem outros conjuntos emblemáticos, como o Benfica de 63/64, então orientado por Lazos Czeizler.
Porque se, em especial na época de 2009/10, se falou muito da capacidade concretizadora da formação treinada por Jorge Jesus, é curioso referir que o Benfica de então detém o recorde absoluto de golos, com 103 tentos em 26 jornadas.
O cilindro compressor encarnado, movido pela força da natureza chamada Eusébio.
Igualmente marcante, se bem que por razões diametralmente opostas, é a equipa de 88/89, então comandada por Toni, com Jesualdo ferreira como técnico-adjunto. Este campeão encarnado distigue-se como o recordista da defesa, tendo encaixado apenas 15 golos em toda a prova.
É verdade que se conseguem encontrar equipas anteriores com menos golos sofridos, como a de 72/73 e 82/83 (13) ou a de 74/75, com insólitos 12 golos. Contudo, a equipa de Toni disputou um campeonato em 38 jornadas, em contraste com os 30 jogos que os antecessores menos batidos tiveram de realizar.
Com o britânico Jimmy Hagan ao leme, esta equipa conseguiu um feito inédito no futebol português: conquistar um campeonato sem sofrer derrotas e consentindo, apenas, dois empates.
Enfim, objectivos mais que suficientes, para Jorge Jesus refletir enquanto assinala a entrada nesta distinta galeria, rumo ao 33º titulo de campeão nacional!
Viva o Sport Lisboa e Benfica.