Confesso que fui, entre muitos Benfiquistas, um dos que acreditou que Quique Flores, dentro do projecto encabeçado pelo Rui Costa, seria o treinador adequado para criar as bases para recolocar o futebol do Benfica, a médio prazo, na senda das conquistas, conquistas essas que terão que passar, obrigatóriamente, por conseguir se afirmar a nivel nacional, com titulos.

Quique Flores, um treinador jovem, ambicioso, onde teve algumas experiências positivas, nas equipas que tinha treinado em Espanha, aplicando alguns métodos inovadores e de exigência, no plano técnico-táctico, juntando metodologias cientificas na preparação fisica, tudo levava a crer que seria a escolha acertada.
Talvez por isso, foi sem dúvida, o treinador que nos últimos anos, mais tempo usufruiu do estado de graça, perante os adeptos.

Infelizmente, para o Benfica, Quique acabou por não corresponder às expectativas que criou.
Não se pode queixar do plantel que tinha ao seu dispor, praticamente todas as aquisições foram por sugestão sua.

Muito factores contibuiram para o seu insucesso, desde logo um profundo desconhecimento do futebol Português em geral, renunciando ainda por cima, a colaboração na sua equipa técnica de Diamantino e Chalana, que poderiam de certeza dar um contributo importante, na percepção da realidade do nosso campeonato.
A mais preocupante e evidente, foi sem dúvida, a incapacidade de constituir uma equipa. Sucessivas experiências em busca de um equilibrio colectivo, que nunca se veio a verificar, pelo contrário, fomos de uma forma geral, sempre uma equipa inconstante, embora com uma ou outra boa exibição.
Pessoalmente, mais importante que o fracasso desportivo, foi ver que não houve crescimento na equipa e que os potenciais jogadores pouco ou nada evoluiram.

Quique não tem condições para continuar, esgotou a margem de erro que tinha perante os adeptos, e a sua manutenção será adiar uma solução, que embora acredite na estabilidade, mas não na mediocridade, posteriormente terá consequências mais profundas.