Os problemas recentes do Benfica começaram na lesão de Gabriel, porque o brasileiro tem três valências essenciais num segundo médio de um 4x4x2: faz rodar a bola com fluidez, descobre soluções verticais entre linhas e é muito forte na pressão. Neste domingo, o Benfica arranjou um novo Gabriel: Adel Taarabt!. Deu ao Benfica qualidade na primeira fase de construção, encontrou soluções verticais a queimar linhas e ainda foi agressivo na pressão.
Quando Taarabt conseguia tirar a bola da primeira fase de construção, havia Raul de Tomas ou Rafa em condições de receber, virar e decidir entre linhas, de frente para o jogo, na zona central. E essa zona do campo decidiu o encontro, com Novais e Palhinha demasiado expostos e incapazes de “abafar” o portador da bola. Foi assim aos 33’, aos 43’ e aos 44’, em três jogadas em tudo semelhantes: recuperações de Taarabt, grandes aberturas de RDT e dois desperdícios de Seferovic.
Mas, antes disso, o jogo já tinha tido coisas para contar. Aos 23’, quando ainda pouco o faria prever, houve golo. Hassan foi ajudar na defesa, num canto, e acertou com o pé na cara de Florentino, quando pretendia afastar uma bola aérea. Pizzi foi chamado a bater o penálti e não falhou.
O Benfica acabou por “matar” o jogo com a fórmula que já tinha permitido vários lances perigosos na primeira parte: aos 47’, Rafa pediu entre linhas na zona central, abriu para André Almeida e o cruzamento saiu para Pizzi finalizar na passada.
Aos 51’ e 73’ ficou provado que o golo não quer nada com os dois avançados do Benfica. Primeiro, Seferovic pediu em profundidade e cruzou para RDT, que ia finalizar, mas Bruno Viana fê-lo por ele. Mais tarde, Pizzi pediu entre linhas na zona central (sempre da mesma forma), Jota cruzou e Seferovic ia finalizar, mas… Esgaio fê-lo por ele.
O Benfica passou num teste difícil, com clara distinção, com golos nas alturas certas.
As águias somam agora 9 pontos, tantos como o FC Porto, e menos um do que o líder Famalicão.