Champions: SL Benfica 1-2 CSKA Moscovo
Um Benfica demasiado apático, os médios a não conseguirem ligar com os homens da frente, uma defesa a dar muito espaço aos avançados contrários quando estes saiam em velocidade. A opção por Felipe Augusto em detrimento de Samaris pode entender-se na perspetiva de o Benfica querer mais qualidade na circulação da bola.
Mas essa qualidade só apareceu a espaços e quase sempre por Pizzi, ora a tentar tabelinhas nas laterais com os extremos e os laterais, ora a tentar procurar os avançados na zona central. E foi nesse processo que o Benfica perdeu inúmeras bolas que deram vários contra-ataques dos russos.
Em termos ofensivos, os primeiros 45 minutos resumiram-se a um remate de Grimaldo que foi ao poste da baliza de Akinfeev e um remate mal feito por Salvio após passe de Pizzi.
O Benfica entrou no segundo tempo a marcar, tomou a dianteira do marcador num dos poucos lances bem delineados (Zivkovic a ganhar o flanco e a cruzar para Seferovic desviar para golo).
Depois do golo de Seferovic, esperava-se que o Benfica embalasse para uma boa exibição e conseguisse os três pontos, mas o que se viu foi o contrário.
O CSKA Moscovo despertou e foi à procura de algo mais. E a forma fácil como criava perigo na área do Benfica deixava antever que era uma questão de tempo até marcar. E depois de Bruno Varela negar o golo duas vezes, apareceu o empate, André Almeida travou um remate na área com a mão, de forma involuntária, mas o árbitro assinalou penálti que Vitinho converteu. Começa aí a reviravolta. Cinco minutos depois Zhamaletdinov, que entrara aos 68, aproveitou uma defesa incompleta de Varela a remate de Vasin para fazer o 2-1.
Rui Vitória Já tinha tirado o apagado Jonas e colocado Jiménez, colocou Rafa e Gabriel Barbosa (estreia em campo), nos lugares de André Almeida e Lisandro. Era tudo lá para a frente, sem discernimento, sem cabeça, sem ideias. O CSKA Mosco, por sua vez recuou ainda mais, meteu mais gente na área e foi aguentando o resultado até ao apito final.
A derrota não surpreende, depois da exibição do Benfica ante o Portimonense, mas também no desempenho da equipa no empate com o Rio Ave e a vitória suada diante do Chaves. É a primeira derrota do Benfica esta época em jogos oficiais (a última foi em março com o Dortmund para a Champions).
O processo ofensivo do Benfica tem deixado muito a desejar. Os adversários entram em zona de finalização com muita facilidade. Os homens do sector recuado não têm conseguido acertar com as marcações e isso tem sido visto nos já seis golos sofridos em sete jogos oficiais.
Falando sobre aquilo que a equipa fez, Rui Vitória acredita que acabou por ser a eficácia a ditar o resultado entre Benfica e CSKA Moscovo.
"É o jogo da Liga dos Campeões. Houve uma equipa que aproveitou as bolas que teve, nós tivemos umas situações de golo, fizemos tudo o que podiamos fazer, não ganhámos. Este jogo não me convenceu e nós vamos ganhar estes pontos em qualquer lado", escusando-se a comentar a arbitragem do juiz espanhol, depois de muitas dúvidas no lance da grande penalidade russa.
O Benfica ocupa o terceiro lugar do Grupo A. O Manchester United lidera o grupo, depois de uma vitória por 3-0 sobre o Basileia.